O Filho do Homem e Seus discípulos

Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome! Mas ele lhes disse: Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago. Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano. Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus.” 

O ministério de Jesus já havia se tornado bem conhecido a essa altura. Muitas pessoas vinham até Ele para serem curadas e ouvirem seus ensinamentos. Alguns desejavam segui-Lo de perto. Além dos doze discípulos que havia chamado, Jesus também tinha um grupo maior de setenta homens. Ele os envia à sua frente nas cidades que ainda visitaria. Jesus lhes faz algumas advertências e diz que é grande a necessidade de trabalhadores naquela obra e ainda anuncia que aquela não seria uma tarefa fácil: “Eis que eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos” (10.3). Eles deveriam ser bons hóspedes e anunciar que o Reino de Deus estava próximo. Aos que rejeitassem, deveriam testemunhar que viria um rigoroso julgamento.

Ao retornarem, cheios de alegria porque conseguiram subjugar os demônios, Jesus lhes ensina que a única razão de realizarem esses feitos foi por causa de Sua própria autoridade concedida a eles. Ou seja, não havia poder nas ações dos discípulos para que se orgulhassem, por si mesmos eram incapazes de mudar a vida das pessoas. Qual deveria ser o real motivo de alegria então? A graça recebida por sua própria salvação.

Lidar com a transformação da vida de pessoas pode nos encher de orgulho próprio. Mas toda a autoridade nos é dada pela palavra de Jesus. Não há poder em nós. A graça que estamos comunicando por meio do discipulado ou evangelismo é a mesma que um dia nos alcançou, e por esse motivo devemos nos alegrar.

De que maneira você conta a alguém o que Deus fez através da sua vida? É com o sutil desejo de receber elogios em troca? Ou ainda é considerando que o seu esforço em servir ao Senhor foi mais nobre e mais sacrificial que o de seu irmão?

Salmos 51.12: “Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário. Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti.”

Que o Senhor nos dê corações gratos e livres da vaidade.

Oração: Senhor Deus, que a tua salvação seja sempre motivo de gratidão para que eu anuncie a tua graça. Ajuda-me a ter um coração grato e humilde. Em nome de Cristo Jesus, amém.