“Então o remanescente de Israel ocupará seu lugar entre as nações. Será como o orvalho enviado pelo Senhor, como a chuva que cai sobre a grama, que ninguém é capaz de conter e ninguém consegue deter. Sim, o remanescente de Israel ocupará seu lugar entre as nações. Será como o leão entre os animais no bosque, como o leão forte no meio de rebanhos de ovelhas, que as ataca e as despedaça quando passam, sem que ninguém as livre. O povo de Israel enfrentará seus adversários, e todos os seus inimigos serão exterminados.” (Miqueias 5.7-9, NVT)

Setecentos anos antes da primeira vinda de Cristo, Miqueias anunciou em qual cidade nasceria o Messias (5:2). O Rei de Israel não nasceu na capital Jerusalém, uma cidade mais desenvolvida, centro da liturgia religiosa, mas em Belém, uma pequena vila da província de Eufrata. O Messias prometido não nasceu num palácio, mas numa simples estrebaria. Jesus não foi um acidente ou uma tentativa de remendar os planos de Deus, estragados pelos homens. Sua vinda foi planejada na eternidade e confirmada ao longo do tempo pelas profecias do Antigo Testamento. Jesus foi prometido desde o princípio, previsto, anunciado e aguardado. Jesus reina sobre a história e sobre o futuro. “O Criador do universo, o Rei da Glória, em sua encarnação, esvaziou-se e humilhou-se de tal maneira que nasceu numa manjedoura e agonizou numa cruz.

No capítulo 5, vemos a degradação da governança de Israel em oposição à grandeza do futuro governante. Jesus, o Messias, é a solução que procede do céu, a vitória do povo de Deus. Os versículos de hoje são repletos de figuras de linguagem ricas para descrever a igreja. A igreja do Senhor está espalhada pelas nações “como um orvalho no meio dos povos”. Miqueias aponta o “remanescente de Israel”, que podemos interpretar como a Sua igreja, como um orvalho, frescor enviado por Deus. A igreja é um presente de Deus para o mundo, sendo necessária na terra porque anuncia Cristo entre os povos. A presença da igreja é constante, assim como o orvalho que cai à noite. Nesse trecho, o profeta indica que a igreja será como refrigério (“orvalho”), força e juízo (“leão forte”) para o mundo.

Como vimos na primeira semana, o Senhor faz morada em nós através da maravilhosa obra de Cristo na Cruz. Devemos ser, então, para o mundo fonte de esperança, anunciando a boa notícia que recebemos. A igreja local é lugar de ensino, frescor e propagação da mensagem da Cruz e nós formamos esse corpo.

Oração: Senhor, me ensina a ser a igreja graciosa e gentil que me chamou para ser, comunicando de maneira firme o Seu Evangelho. Amém.

Por Ana Luise Sabatier

¹ Lopes, Hernandes Dias. Miqueias: a justiça e a misericórdia de Deus. São Paulo, SP: Hagnos, 2009. Pag. 114)