Ontem celebramos a Páscoa – a resposta ao clamor do povo “Salva-nos, rogamos!”. O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, como o chamava João Batista, foi sacrificado para fazer justificação pelos pecados do povo. O bode expiatório levou sobre si toda a culpa e foi lançado para fora da cidade. É muito fácil pensarmos na morte de Jesus à luz de sua ressurreição. Sabemos como o filme termina, certo? No Domingo de Páscoa, Jesus volta a viver. Mas ao invés de desligar o filme, quero que você volte até a Sexta Feira Santa comigo, e reflita. Se você nunca parou para refletir sobre a realidade de Quem morreu na cruz, talvez essa seja a sua hora. Afinal, quem estava naquela cruz?

“Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos. Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de tristeza e familiarizado com o sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima.” (Isaías 53.2,3)

“Àquele que é poderoso para impedi-los de cair e para apresentá-los diante da sua glória sem mácula e com grande alegria, ao único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre! Amém.” (Judas 1.24,25)

“Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido. Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.” (Isaías 53.4,5)

Ele não cometeu pecado algum, e nenhum engano foi encontrado em sua boca”. Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça. Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados.” (1 Pedro 2:22-24)

“Ele foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca. Com julgamento opressivo ele foi levado. E quem pode falar dos seus descendentes? Pois ele foi eliminado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo ele foi golpeado.” (Isaías 53.7,8)

“Então vi um Cordeiro, que parecia ter estado morto, de pé, no centro do trono… e os seres vivente e os ancião à sua volta cantavam um cântico novo: ‘Tu és Digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação.’ E os anjos cantavam em alta voz: ‘Digno é o Cordeiro que foi morto de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor!’.” (Apocalipse 5.6,9,12)

“Foi-lhe dado um túmulo com os ímpios, e com os ricos em sua morte, embora não tivesse cometido qualquer violência nem houvesse qualquer mentira em sua boca. Contudo foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e, embora o Senhor faça da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá sua prole e prolongará seus dias, e a vontade do Senhor prosperará em sua mão.” (Isaías 53.9,10)

“O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa. A respeito do Filho, (Deus) diz: ‘(…) No princípio, Senhor, firmaste os fundamentos da terra, e os céus são obras das tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás.’ E ‘Senta-te à minha direita, até que eu faça dos teus inimigos um estrado para os teus pés’.(Hebreus 1.3,10,11,13)

Oração: Senhor Jesus, não consigo compreender o paradoxo da cruz. Como o Deus que criou o mundo com Sua Palavra foi à cruz calado? Como aquele que governa o universo pode ir à cruz sem majestade, desprezado? Como o Cordeiro inocente se submeteu à morte mais cruel e maldita para perdoar um culpado maldito? Como poderia um Pai amoroso submeter Seu Filho em quem Ele se compraz a tamanho sofrimento? O paradoxo da cruz é a beleza da Sua Soberania e obediência ao Pai. O único caminho até Seu Pai era a Sua vida, e não deixastes de cumprir Sua promessa. Obrigada por tão grande amor. Amém.