“O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz. Fizeste crescer a nação e aumentaste a sua alegria; eles se alegram diante de ti como os que se regozijam na colheita, como os que exultam quando dividem os bens tomados na batalha. Pois, tu destruíste o jugo que os oprimia, a canga que estava sobre os seus ombros, e a vara de castigo do seu opressor, como no dia da derrota de Midiã. Pois, toda bota de guerreiro usada em combate e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, como lenha no fogo. Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. Ele estenderá o seu domínio, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça e retidão, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso.”

O povo de Israel está imerso em seu pecado, recusando retornar ao Senhor. Há apenas um pequeno remanescente daqueles que temem ao Senhor em toda a terra de Israel. A realidade de Isaías é a de um povo que está para receber a punição de seu abandono do Senhor, e as palavras de exortação de Isaías cairão em ouvidos surdos. A promessa que Deus faz no trecho de nossa devocional hoje não é muito agradável. Sim, vocês serão exilados. Sim, vocês sofrerão na mão de outros povos. Mas um dia… em meio à escuridão da vida de vocês, haverá alegria. Um dia… haverá salvação da opressão e da escravidão. Os seus opressores serão punidos. E uma pessoa será responsável por isso: o menino-Deus. Ele virá para reinar. E enfim haverá justiça.

Anos se passaram até que a promessa fosse cumprida, até que o Rei chegasse.  Ontem celebramos o domingo de Ramos, o dia em que lembramos da entrada de Jesus em Jerusalém. Uma semana antes da Páscoa, Jesus foi recebido pelo povo de Jerusalém da mesma maneira como – o povo estendeu seus mantos e ramos de palmeiras para que Ele passasse, e cobrir o caminho de alguém implicava que a pessoa merecia grandes honras (veja, por exemplo, 2 Rs 9.13).

Enquanto isso o povo cantava “Hosana, bendito o que vem em nome do Senhor”. Hosanna vem do hebraico hoshyia na, que significa, “Salva-nos, rogamos!” Um Rei Salvador. Um servo-Senhor. Um menino-Deus.

O povo recebeu a Jesus como Rei pois esperava que Ele assumisse uma posição de domínio terreno e libertasse os israelitas das mãos dos romanos. Jesus sabia, porém, que o reino Dele não era deste mundo, que a salvação que o povo rogava não era a que eles, de fato, precisavam. E o resultado das expectativas frustradas culminariam com esta mesma multidão gritando, na sexta feira seguinte, “CRUCIFICA-O!”

E tão fácil clamarmos a Deus por salvação dos nossos males terrenos – o coração partido, a saúde debilitada, a tristeza constante, a falta de sustento. Infelizmente somos como a multidão que recebeu a Jesus naquele domingo de Ramos: queremos salvação, mas nossa perspectiva está totalmente errada.

Durante esta semana, prepare seu coração para a Páscoa. Pare, reflita sobre quem Jesus é para você. Arrependa-se de seus pecados. Reconheça sua pequenez. Submeta-se ao Rei.

Oração: Senhor Jesus, tu és Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. O Filho de Davi que veio para reinar e Seu reino é eterno, e justo. Sou tua serva, dependo de Ti. Humilhe meu coração para que ele se prostre ante a Ti e, em submissão, que eu honre a Ti com a minha vida. Amem.