Nota do editor: Este artigo faz parte de uma série sobre o feminismo publicada toda quarta e quinta feira do mês de abril. Procuramos abordar os principais tópicos deste tão relevante assunto, no entanto, sabemos que não cobriremos todas as suas faces. Nosso desejo não é criar polêmica, mas sabemos que a Bíblia quase sempre nos coloca na contramão do mundo. Nosso objetivo nesta série é estudar o que a Bíblia tem a nos dizer sobre a mulher, seu papel e seu valor, enquanto olhamos para o feminismo e o comparamos com as verdades encontradas nas Escrituras. Responderemos perguntas como: O que é feminismo? O que ele advoga? Há quanto tempo ele existe? O que afirmamos quando dizemos ser “feministas”? O que a Bíblia tem a nos dizer sobre masculinidade e feminilidade? É possível ser cristã e feminista? O feminismo é o que diz ser? Se não é, então qual a alternativa bíblica para o feminismo?


Há uma certa resposta dos homens que tanto as feministas quanto as mulheres cristãs desejam obter: uma benevolência masculina que sabe como viver com mulheres de modo compreensivo, sendo ao mesmo tempo atencioso e respeitoso em relação àqueles que são coerdeiros no gracioso dom da vida.

As feministas seculares abordam este desejo de maneira estridente, a partir de uma posição de raiva. As mulheres cristãs são ensinadas a abordar esta questão gentilmente, a partir de uma posição de confiança, sabendo que a Palavra de Deus ordena aos homens que vivam de acordo com este padrão (1 Pedro 3.7) e ordena às mulheres que cultivem um espírito gentil e tranquilo (v.4).

Em minha geração, tem sido evidente que marginalizar os homens por meio da raiva tem trazido efeitos culturais desastrosos. Temos dito aos homens que não podemos contar com eles, e temos dado a eles uma infinidade de maneiras de fugir da responsabilidade dos relacionamentos que eles iniciam e dos filhos que eles fazem. Os índices culturais deste fracasso continuam a subir: pornografia, abuso infantil, assassinato público de mulheres abandonadas, filhos sem pais e doenças sexualmente transmissíveis, para nomear alguns. O que é libertador para as mulheres nesta bagunça?

Consequências Imprevistas

Crescendo nos rebeldes anos 70, eu não previ estas consequências. Mesmo quando criança, minha feminilidade era fonte de confusão para mim. Como a mais velha de três irmãs, eu sempre tinha algo a provar para os garotos – que eu podia ser mais rápida, mais inteligente e mais agressiva do que eles. Eu não queria quaisquer limites, e buscava por qualquer oportunidade de demonstrar minha independência.

Como eu me alegrei e me gabei da vitória de Billie Jean King sobre Bobby Riggs numa partida de tênis super divulgada como “a batalha dos sexos”! (1) Sendo adolescente, eu também era obstinada e não me submetia ao meu pai. Não respeitava suas decisões e buscava desgastá-lo com constantes discussões. Apesar de minha mãe levar a mim e as minhas irmãs à missa toda semana, me faltava qualquer sorte de compasso espiritual real e, portanto, eu buscava quaisquer filosofias que fossem populares na época.

Cheguei à faculdade transbordando de “sabedoria” da revista Cosmopolitan, mas eu ainda não havia encontrado algo mais insidioso do que as revistas de moda – o feminismo e o Departamento de Estudos da Mulher. Aula após aula promovia-se vitimização perpétua, desrespeito para com todos os homens, uma aceitação ostensiva do lesbianismo e uma raiva militante amplamente direcionada. Eu me tornei assistente da professora naquele departamento por um semestre antes de me formar com um bacharel em Jornalismo e um certificado em Estudos da Mulher.

Meus vinte e poucos anos não foram muito diferentes. Lembro que quando cheguei aos 29 anos estava tão cansada e deprimida que comecei a fazer terapia para descobrir por que eu estava tão zangada… E, além disso, por que eu continuava solteira. (Não que essas questões estivessem relacionadas, certo?!) Obviamente, eu não tinha uma perspectiva muito positiva sobre minha feminilidade e meu terapeuta não conseguiu avanços muito significativos. No entanto, Deus interveio na mesma época em que completei 30 anos.

Fui de férias para a África do Sul para visitar minha irmã que vivia lá, na época. Ouvi sobre o Evangelho enquanto estava ali, e na última semana de minha viagem ouvi um pastor americano, C.J. Mahaney, pregar numa igreja em Cape Town. Ele era tão apaixonado por Jesus e tão real! Seu relacionamento com Cristo me foi atraente, então decidi responder ao chamado regenerador do Espírito Santo em minha vida e me entreguei a Cristo. Quando retornei aos Estados Unidos, liguei para a igreja do pastor Mahaney e pedi recomendações sobre uma igreja evangélica em minha cidade.

O Choque Cultural do Cristianismo

Apesar de sentir do Senhor que havia sido chamada para pertencer àquela igreja, entrei em choque cultural. Foi como estar em um outro planeta – as mulheres e suas perspectivas eram completamente estranhas a mim. Lembro-me de encontrar com o pastor e sua esposa logo após começar a frequentar a igreja e criar caso sobre a submissão. Eu não acreditava que qualquer pessoa ainda acreditasse naquela parte da Bíblia! Meu pastor, então, sabiamente me perguntou se eu gostava de ler e me recomendou Homem e Mulher: Seu Papel Bíblico no Lar, na Igreja e na Sociedade (2) – uma leitura teológica que não é normalmente recomendada para um recém convertido de apenas 2 meses.

O Senhor usou aquela conversa para iniciar o processo de reequipar meu conceito de feminilidade e sexualidade, reformulando minhas visões de uma vida toda sobre aborto, imoralidade sexual, e até mesmo submissão. Eu li a Palavra de Deus, faminta por descobrir porque meu novos amigos na igreja tinham visões tão diferentes de todas as outras pessoas que eu conhecia. Em Gênesis, compreendi que Deus é intencional em Sua criação. Nos Evangelhos, compreendi que Deus é intencional em Sua redenção. Vi que Ele leva a sério a pureza sexual antes do casamento e a fidelidade matrimonial. Também fui convencida de que o aborto era um ato terrivelmente egoísta para evitar as consequências do pecado sexual.

Igualmente importante, vi que Deus havia me feito mulher, e que havia criado tarefas e papéis específicos para a mulher que iriam glorificá-Lo frente a um mundo incrédulo, porém atento. Lentamente, passei a me preocupar mais com a glória Dele, e não a minha.

À medida em que estudava a Bíblia, também estudava os casamentos de meus novos amigos, ansiosa para ver como este conceito cristão de liderança masculina benevolente e submissão feminina contente se pareciam na vida real. Apesar de imperfeitos, o que vi foi atraente. Vi homens que sacrificavam suas preferências e prazeres para garantir que suas esposas e filhos fossem cultivados espiritualmente. Estes homens levavam a sério sua responsabilidade de ser líderes-servos. Eles não viam o casamento como uma armadilha ou filhos como um impedimento na busca de seu lazer e hobbies de fim de semana. Ao invés disso, suas famílias eram vistas como presentes dignos de seu trabalho duro.

Da mesma maneira, vi que minhas amigas casadas buscavam respeitar e fortalecer seus maridos. Eu estava acostumada com uma enxurrada de reclamações de mulheres sobre como seus maridos eram inúteis e indignos de confiança, mas não ouvia nada disso destas mulheres casadas, maduras, da minha igreja. Sua submissão parecia… ouso dizer, libertadora? Elas certamente me pareciam livres da maior parte da discórdia, sarcasmo e decepção que eu encontrara em casamentos modernos.

Passo a passo comecei a notar que o trabalho em equipe destes casamentos espelhava o trabalho em equipe da igreja. Enquanto homens casados tinham a responsabilidade de liderar suas famílias, eles eram chamados a submeter-se aos líderes espirituais que Deus havia colocado sobre eles. Na verdade, quando estava focada nas “limitações” que eu percebia na submissão de uma esposa ao seu marido, mostrei que havia falhado em perceber que a submissão está na base de todo o conceito do Cristianismo. Meu maior modelo de submissão é meu próprio Senhor, cuja submissão obediente garantira minha redenção. Como Hebreus 5.7 diz: “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão”.

Com o tempo, enquanto crescia no conhecimento do Senhor e de Sua Palavra, percebi que a independência que eu havia lutado tanto para proteger enquanto descrente era uma farsa completa. Como criatura finita, impotente, eu dependia completamente de Deus para viver e respirar. Eu nunca fora independente. Ao invés disso, eu era apenas arrogante. Entendi, então, que a submissão simplesmente despia-me de minha contenda, e não de minha dignidade como alguém criada à própria imagem de Deus.

Solteira e Completamente Feminina

Tendo abraçado o doce fruto da submissão feminina, eu ainda tinha que descobrir como aplicá-la à minha vida cotidiana. Uma área onde eu tenho lutado é como a feminilidade se constitui para uma mulher solteira. Porque o Senhor fez a mulher para ser uma auxiliadora, os contornos da feminilidade bíblica normalmente estão esculpidos através dos relacionamentos com as outras pessoas – como esposa, mãe, filha, irmã, tia. Mesmo que eu seja, definitivamente, filha, irmã e tia, não sou (ainda) esposa ou mãe. Mas sei que o Senhor me criou mulher à Sua imagem, e que Ele me tem dado o dom de estar solteira nesta época de minha vida. Estes não são conceitos mutuamente exclusivos, mas às vezes ainda luto em como expressá-los para a glória de Deus.

No final de 1998, mudei de cidade para auxiliar em um ministério de plantação de igrejas e servir numa igreja local pastoreada por aquele pastor que eu havia conhecido na África do Sul, C.J.Mahaney. Um ano depois, participei de uma série de seminários sobre Tito 2 ensinados por sua esposa, Carolyn Mahaney.(3) Através de seu ensino, descobri que, das sete qualidades que Paulo insta Tito que as mulheres mais velhas ensinem às mulheres mais novas, apenas duas estão explicitamente direcionadas às mulheres casadas e uma às mães. Isto nos deixa quatro qualidades explicitamente dirigidas a todas as mulheres, casadas ou solteiras. Independente do meu estado civil, devo ser prudente, pura, ocupada em meu lar, e bondosa. É uma ordem difícil, não importa de que lado você olhe, mas isto não significa que devo ignorar as outras três ordens. Há implicações para mulheres solteiras nas ordenanças de amar aos maridos e crianças assim como para esposas se submeterem aos seus maridos.

Baseada nesta passagem, seguem-se algumas maneiras pelas quais Deus tem me dado a graça de aplicar as virtudes de Tito 2 em minha vida e genuinamente desfrutar de minha feminilidade como mulher solteira.

Assim, poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos, a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem bondosas e sujeitas a seus próprios maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja difamada. Tito 2:4,5

1. “A amarem seus maridos”

Por causa de toda a baboseira mundana que eu havia absorvido sobre feminismo e relacionamentos, eu comecei a ler vários livros sobre o casamento cristão. Continuo a ler vastamente sobre casamento cristão e, quando apropriado, até mesmo participei de alguns seminários sobre este tema. Quero ter uma visão bíblica deste tema caso o Senhor traga-me este presente. Mas há uma aplicação prática para a minha vida agora.

Acredito que posso servir às minhas amigas casadas ao apoiar seu casamento. Em nossas conversas e com minhas observações sobre suas vidas, quero ser capaz de ajudar minhas amigas casadas a pensar biblicamente sobre seus casamentos e a pensar o melhor de seus maridos. Às minhas amigas não-cristãs, quero estar preparada para explicar o mistério de Cristo e a Igreja na instituição do casamento. Enquanto o mundo nos diz que não temos conhecimento válido para compartilhar até termos experimentado certo aspecto da vida, a Palavra de Deus nos equipa para usar discernimento independentes das nossas experiências, ou talvez, até mesmo, apesar delas!

Finalmente, caso o Senhor me conceda o presente do casamento, quero amar meu futuro marido hoje ao desenvolver, de maneira excelente, uma perspectiva bíblica sobre amor, casamento e o papel da esposa bem antes de nosso casamento. Eu aprendi que a “esposa de nobre caráter” elogiada em Provérbios 31 “faz ao seu marido bem, e não mal, TODOS os dias da SUA vida”— os dias anteriores e posteriores ao dia do casamento. O que estou plantando agora em minha vida é parte do propósito de Deus de abençoar o meu marido, além de trazer glória ao Senhor não importa qual o meu estado civil.

2. “A amarem seus filhos”

Independente de darmos à luz ou não, nós, mulheres, somos chamadas a cultivar nova vida em volta de nós de maneiras distintas. Antes de eu me tornar cristã, não tinha muito interesse em crianças. Eu presumia que talvez tivesse filhos um dia, mas estava completamente alheia às crianças à minha volta e não me preocupava em passar um segundo sequer com elas. Esta foi uma área onde Deus fez uma tremenda mudança em minha vida. Ao longo dos anos, tenho desenvolvido relacionamentos enriquecedores com muitas crianças. O Senhor também me deu oportunidades de evangelizar crianças. Eu até mesmo criei um clube informal de Os Vegetais com cerca de meia dúzia de garotos da minha vizinhança. Eles fazem uma parada para tomar refris e ver vídeos, e eu compartilho o evangelho e oro com eles.

Mesmo que eu não tenha meus próprios filhos, tenho três sobrinhas e um sobrinho em quem invisto. É necessário planejar me envolver na vida deles, mas vale a pena cultivar estes relacionamentos. Porque tenho experimentado por meio deles os sacrifícios e as emoções da maternidade enquanto ajudo minhas irmãs ao longo dos anos, consigo apreciar este aspecto da feminilidade. Tão importante quanto isso, por causa destes momentos compartilhados, desenvolvi relacionamentos individuais com estes meus pequenos parentes que espero que floresçam através das mudanças de estações que virão na vida adiante. Quero ser um familiar relevante para eles, não uma tia distante. Isto significa rejeitar férias com os amigos para passá-las com minhas sobrinhas que moram longe. Isto significa recusar eventos sociais aos finais de semana para ser babá do casal de sobrinhos que mora perto, ou tirar um dia de folga em pleno verão para planejar uma aventura de um dia com eles. Mas isso também significa que sou a beneficiária de mensagens de áudio divertidas, desenhos coloridos super elaborados, “tesouros” especiais embrulhados em camadas de papel e fita, e abraços calorosos quando chego na porta da casa deles.

Mas de alguma maneira, isto não parece nem um pouco um sacrifício. Talvez estas coisas contribuam para a recente decisão, de uma de minhas irmãs e seu marido, de me nomear guardiã de suas meninas caso algo aconteça com eles. Apesar de ser solteira, eles pensaram que eu as educaria de maneira similar a deles, nos valores que eles acreditam. Palavras não podem explicar quanto este ato de confiança me encorajou!

3. “A serem prudentes”

Meu maior desafio como mulher solteira é controlar as especulações quanto a homens e casamento. Não creio que estou sozinha aqui. Sei que sou chamada a esperar e confiar, mas é fácil para mim fazer exatamente o oposto — tentar manipular as circunstâncias ao meu favor ou reclamar quando outros são abençoados com namoro e casamento.

Ao longo dos anos, o Senhor tem trabalhado para destruir o pecado da auto-comiseração em mim quanto às esperanças adiadas para o casamento, e um dos frutos é que hoje eu sirvo alegremente muitos casais como cerimonialista. Mas o contentamento parece ir e vir na minha vida como as ondas tocam a areia. Às vezes alegria se derrama em minha alma como as ondas quebrando na praia. Outras vezes, parece desaparecer de minha vida como as ondas retrocedendo na areia. Isto é o resultado de nada mais que uma mudança de foco: quando a alegria parece retroceder, me encontro mais preocupada com minhas circunstâncias do que em contemplar a glória de Deus.

Uma forma específica como faço isso é “experimentando” os rapazes em minha mente. Julgando pelas conversas que tenho tido com muitas moças solteiras, esta é uma tentação comum. Conhecemos um rapaz cristão atraente e, imediatamente, nos vemos descendo o corredor da igreja com ele, imaginando como seria cortejar e casar com este homem. Depois de nos convencermos de que isto é uma possibilidade, lemos cada um de seus movimentos e pensamos e repensamos cada cena com nossas amigas mais íntimas. Uma grande amiga minha chama isso de “namorar só na minha cabeça” — fabulosa definição!

Sendo solteiras, exercitar o domínio próprio nessa área envolve colocar limites naquilo que escrevemos em nossos diários e nas conversas que temos sobre nossos interesses românticos. Conversar tem o poder de tornar o desejo em uma expectativa, o que pode acabar se tornando uma exigência. Na minha vida, tenho percebido que encontro problemas quando registro extensivamente em meu diário cada interação que tive com determinado rapaz ou quando compartilho sobre este rapaz com várias amigas. Para mim, domínio próprio significa limitar estas conversas detalhadas às minhas amigas a quem presto contas e àqueles que são minha liderança espiritual, seja meu líder de pequeno grupo e sua esposa, ou meu pastor e sua esposa. Eles sabem como sou fraca e, em oração, me encorajam a manter meu foco onde ele deve estar.

4. “A estarem ocupadas em casa”

Esta recomendação tem sido um desafio para mim como mulher solteira, já que trabalho fora de casa para me sustentar. Tenho que ser intencional sobre arranjar tempo para ficar em casa uma ou duas noites por semana. Isso é difícil em uma igreja ativa como a minha, mas esta virtude de Tito 2 me dá uma visão da prioridade desta característica.

E daí vêm as tarefas domésticas. Nos meus vinte e poucos anos, eu vivia com pilhas de roupas sujas e jornais. Minha casa era um ponto de parada entre atividades na rua. Eu não tinha ideia alguma dos cuidados domésticos. Minha família chamava minha culinária de “um monte de peixe e pudim empelotado”. No entanto, ao ver o amor pelo lar exemplificado pelas mulheres da minha igreja, decidi mudar.

Pratiquei cozinhar para mim, comecei a dar jantares, comprar decorações para a minha casa, e até mesmo escolhi o modelo de aparelho de jantar que queria. Este foi, na verdade, um grande passo pra mim, porque era bem difícil visitar aquelas lojas de casa e cozinha sem ser forçada a admitir que você não está se casando. Deus me abençoou com a minha própria casa, e estou tão feliz de fazer meu ninho ali que eu provavelmente deveria procurar ver se não tem uns galhos secos presos no cabelo antes de sair pro trabalho.

Apesar das mulheres solteiras não terem a benção de se ocupar com suas famílias em casa, podemos nos ocupar dos negócios do reino em nosso lar. Nossos lares proveem um lugar onde podemos orar com outras pessoas, aconselhar outras pessoas, evangelizá-las e servi-las com nossa hospitalidade. Romanos 12.13 claramente nos diz para praticar a hospitalidade, e louvar a Deus, e esta ordem não faz diferenciação entre pessoas casadas ou solteiras. Não importa como nossas casas são estruturadas, nosso lares podem ser faróis de esperança e hospitalidade em nossas vizinhanças. Apenas por esta razão, gosto de fotografar aquelas pessoas que vêm à minha casa e pendurar estas fotos junto deste versículo de Romanos.

A Liberdade de Cristo

Paulo exorta os gálatas a lembrarem-se que foi “para a liberdade que Cristo nos libertou”. Antes de minha conversão, eu via o cristianismo como um fardo, uma religião limitante com muitas regras e normas. Eu não estava equipada para ver que meu próprio pecado era o maior fardo de escravidão. Como todos temos feito desde Adão e Eva, eu culpava outros pela opressão do pecado em minha vida. Eu pensei que precisava ser livre dos homens que menosprezavam mulheres, de trabalhos que estivessem limitados ao “gueto cor de rosa” dos trabalhos femininos, e do “peso” da moral tradicional sobre o sexo. Eu não podia ver que minha justiça própria, orgulho, raiva e libertinagem causavam maior dano à alegria verdadeira que qualquer restrição perceptível à minha liberdade.

Quando Cristo nos conduziu ao Seu reino, Ele surpreendeu a todos – incluindo seus próprios discípulos – com um “mundo oposto” que Ele introduziu. Tudo parece “ao contrário” ao pensamento natural dos seres humanos. O maior entre nós é o servo. Nossos inimigos são dignos de nossas orações e até do nosso amor. O que nos torna impuros vem de dentro de nós, de nossos corações, e não daquilo que colocamos sobre ou em nós. Para ter a vida eterna, precisamos nascer de novo.

Pode não fazer sentido numa primeira leitura, mas a Bíblia promete que a sabedoria de Deus é loucura para os que estão perecendo (1 Coríntios 1.18-21). Sou muito grata por Ele ter me libertado de minha maneira inútil de pensar e da servidão do pecado e me transportado para o caminho eterno.

Por Carolyn McCulley


Traduzido por Lindsei Lansky.

Texto original disponível em Revive Our Hearts.  Usado com permissão do Council on Biblical Manhood and Womanhood.

(1) Informações em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_dos_Sexos. Vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=d7vqSm4yIZc

(2) John Piper e Wayne Grudem. Homem e Mulher: Seu Papel Bíblico no Lar, na Igreja e na Sociedade. Editora Fiel, 1996.

(3) Os conceitos destes seminários foram publicados no livro As Sete Virtudes da Mulher Cristã. Editora Vida, disponível em: http://www.editoravida.com.br/p/402-as-sete-virtudes-da-mulher-crista/