Alanis Morissette. Anahí. Demi Lovato. Isabella Fiorentino. Jane Fonda. Ke$ha. Lady Gaga. Lily Allen. Mary Kate Olsen. Nicole Scherzinger. Ana Carolina Reston. Lindsay Lohan. Keira Knightley. Esses são apenas alguns nomes de famosas conhecidas que sofreram transtornos alimentares, anorexia ou bulimia. A anorexia é a nomenclatura usada para meninas que se privam de alimentos e bulimia para meninas que comem excessivamente e depois vomitam tudo.

As tendências da moda e o padrão de estética incentivam essa busca pelo corpo “perfeito”. Em outros casos, traumas de infância como abusos ou bullying também cooperam. Contudo, como já sabemos, as pressões externas não podem determinar nossas atitudes e não justificam nossas atitudes pecaminosas. O nosso propósito de vida é glorificar a Deus, e nele está incluso a nossa alimentação. Devemos comer para a glória de Deus.

“Assim quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” 1 Coríntios 10.31

Na Bíblia não está escrito que precisamos ser magras, mas que precisamos cuidar do nosso corpo (1Co 6.19). Comer excessivamente não é cuidar do corpo e comer insuficientemente também não. Esses comportamentos, embora ajudem a manter o corpo em forma, não demonstram uma alimentação que glorifica a Deus porque revelam um coração com motivações pecaminosas.

As meninas bulêmicas têm um coração que luta contra o domínio próprio (Pv 25.28), pois não conseguem controlar suas vontades. Elas, muitas vezes, lutam contra a preguiça (Pv 26.13), pois não se esforçam para fazer atividades e preferem vomitar. O coração delas luta contra pensamentos mentirosos (Fp 4.8), como “estou gorda”, “não sou atraente”, “sou a única gordinha entre as minhas amigas”, “ posso comer de tudo se vomitar”.  Assim, percebe-se que elas possuem motivações erradas para permanecerem magras e não glorificam a Deus com sua alimentação.

Da mesma forma, as meninas anoréxicas deixam de comer e lutam contra o orgulho (Pv 11.2), pois sentem que podem controlar tudo o que comem e não são como as outras pessoas “vencidas” pelos seus desejos. Outra maneira que demonstram sua luta contra o orgulho é almejar obter o corpo perfeito para impressionar outras pessoas, essa necessidade de agradar pessoas é descrita na Palavra de Deus como temor a homens (Pv 19.25). Elas também lutam contra os mesmos pensamentos que escrevi sobre as meninas bulêmicas. E assim, permanecer magra com essas motivações não agrada a Deus da mesma forma.

Essas meninas colhem muitas conseqüências físicas e psicológicas. Muitas perdem mais de 80% do peso, ficam com a imunidade baixa sendo susceptíveis a várias doenças, perdem cabelos, unhas, interrupção do ciclo menstrual (pode alterar a fertilidade no futuro), batimentos cardíacos lentos, queda de pressão e até crescimento lanugos (pêlos curtos que cobrem o corpo). O sono delas é perturbado e os pensamentos são mais deprimentes o que as leva para um quadro de depressão mais rápido.

Além dessas conseqüências físicas, a principal que sofrem é o distanciamento de Deus, pois estas meninas idolatram seus próprios corpos em lugar dEle. Elas perdem a oportunidade de conhecê-lO intimamente e desfrutarem de um relacionamento de paz, satisfação e felicidade. Não vale a pena trocar esse tipo de relacionamento por um corpo supostamente saudável, mas que na verdade é tão doentio quanto o coração delas.

Para aquelas que praticam esse comportamento, lembrem-se que Deus perdoa seus pecados e erros quando os confessam (1Jo 1.9). Ele é misericordioso, amoroso e lhes ajudará a deixarem de praticar esses comportamentos, pois lhes deu tudo de que necessitam para passar por eles (1Co 10.13, 1Pe 1.3). Mas procurem ajuda, contem suas dificuldades para seus pais e amigos próximos, pois com o apoio deles deixarão mais rapidamente esses comportamentos.

Para aquelas que conhecem meninas que sofrem com isso, primeiro apresentem o evangelho para elas, pois somente com o Espírito poderão entender as verdades espirituais e serem transformadas (1Co 2.14). Se elas já são cristãs, orem por elas e lhes contem que você sabe das dificuldades delas, explique as conseqüências físicas e espirituais de suas atitudes e ofereçam apoio. Não as julguem, sejam misericordiosas (Mt 7.1). E as incentivem a testemunharem de sua transformação na dependência de Deus depois que essa fase difícil passar (2Co 1.3,4).

As alterações no corpo são difíceis de aceitar, mas é melhor glorificar a Deus com uns quilinhos a mais do que viver para si e continuar sem se aceitar por mais magra que você seja. Sem a completa satisfação nEle, nenhum quilo a menos lhe fará mais bonita e feliz. Não se deixe influenciar pelas pressões e padrões de estética da sociedade, coma também para a glória de Deus.