“Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram” pode parecer um conselho fácil de seguir. Mas é difícil nos alegrar com os outros quando as coisas não vão tão bem para nós. E creio que temos ainda mais dificuldade de lidar com o sofrimento dos outros. Nossas emoções podem até ser bem empáticas, bem amorosas, mas não sabemos o que dizer ou o que fazer. 

No entanto, de acordo com as Escrituras, nós somos capazes de fazê-lo. Primeiro, porque temos o Espírito Santo dentro de nós, e segundo, porque experimentamos a ação dEle na nossa vida. Paulo disse: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações” (2 Co 1.3,4).

Quando o sofrimento é abraçado em Cristo e oferecido a Ele como sacrifício em união com o Seu próprio Sacrifício, descobrimos que nosso sofrimento nos dá clareza sobre a vida, colocando-a em perspectiva, e pode até nos conceder o dom espiritual de discernimento da alma de outros que encontramos. Este dom nos capacitará a ver suas necessidades e oferecer a misericórdia de Deus a eles da maneira particular em que precisam dela. (1)

Vamos passar por tribulações, mas porque recebemos consolo do Senhor, poderemos consolar aos outros. Existem mais de 50 “uns aos outros” no Novo Testamento, ou seja, a vida de mutualidade, de apoio, de auxílio, é parte da vida do cristão, da vida da igreja (2). Assim, é nossa responsabilidade estar ao lado daqueles que sofrem. É nosso dever cristão. Mas, daí vem a pergunta: COMO? Talvez você não saiba por onde começar, mas lembre-se, pelo poder de Cristo temos tudo de que necessitamos para a vida e para a piedade (2 Pe 1.3), e é Ele quem nos capacita para consolar e confrontar a outros.

 

Em meio à perda

A primeira coisa que vem à minha cabeça quando ouço sobre a perda de alguém é: “meus sentimentos”, “que Deus os console”, “que pena!”, “que triste!” A tendência natural do homem é uma certa empatia que diz “entendo que o que você está passando é o tipo de coisa que traz dor, mesmo que eu nunca tenha passado por isso”. Pode ser o fim de um relacionamento, a morte de alguém querido, o desemprego, um diagnóstico grave.

A segunda tendência é jogar umas platitudes no ar, umas frases de efeito tipo “vai melhorar”, ou pior “vai ficar tudo bem”, “segura em Deus”, “o tempo cura”. Colocamos nossa esperança em palavras, como se fossem promessas, achando que talvez isso alivie alguma coisa. Ledo engano. A dor de quem perdeu um parente pode parecer mais intensa no início e menos após alguns meses ou anos, mas ela nunca vai embora – tempo nenhum cura essa dor. Dizer que “vai ficar tudo bem” não restaura um namoro ou um casamento que foi interrompido. “Segura em Deus” não arranja um emprego para o pai de família que precisa sustentar seus filhos. “Vai melhorar” não leva o câncer embora. E ouvir essas frases pode produzir mais dano que consolo. 

Depois de trabalhar por um tempo com familiares de pacientes em Cuidados Paliativos, e mergulhar nas Escrituras, penso que as orientações abaixo produzem um resultado melhor. 

  • Apareça. Faça um café ou um chá, um doce, qualquer coisa. Lave uma louça ou traga um lanche, dependendo de sua intimidade com a pessoa. Fique ao lado dela. Esteja presente. Muita gente não sabe o que fazer e acaba não fazendo nada, nem ficando perto. Isso deixa a pessoa que está sofrendo sozinha. Achegue-se à pessoa que sofre, faça-se presente. Pergunte se há alguma coisa que você pode fazer. “O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido” (Sl 34.18). E muitas vezes somos nós aqueles cuja presença amorosa será a representação da presença do Senhor na vida deles.
  • Não fale. Deixe-os falar. Ouça. O silêncio é desconfortável, mas é nele que a cura começa a acontecer. Permita que o outro chore profusamente, reclame, conte a mesma história mil vezes. Seu privilégio é ser um pilar – dar apoio. “Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados” (Mt 5.4). Seja parte deste consolo. Deixe que se apoiem em você. Apenas pergunte como eles estão e não responda você mesmo a pergunta. Eles precisam reconhecer sua própria dor e colocá-la pra fora. Talvez eles precisem de suas palavras de conforto, mas espere que elas sejam pedidas antes de ofertá-las.
  • Cuidado com suas palavras. A dor de uma perda não vai passar, mesmo que diminua. Nada que existe pode repôr o que foi perdido. Ninguém supera uma situação dessas, e mesmo que melhore, o que aconteceu permanecerá como um fato na vida de quem sofreu. Não diga a alguém o que fazer ou como passar por isso. Somos pessoas diferentes. E, por favor, não diga que “tudo acontece por uma razão.” Jó morreu sem saber a razão de seu sofrimento, assim como muitas outras personagens da Bíblia e da história. Mas ele encontrou Quem precisava: “Eu sei que o meu Redentor vive, e que no fim se levantará sobre a terra. E depois que o meu corpo estiver destruído e sem carne, verei a Deus. Eu o verei, com os meus próprios olhos; eu mesmo, e não outro! Como anseia no meu peito o coração!” (Jó 19.25-27). Jó não precisava de conselhos, ele precisava de Deus. Ofereça essa perspectiva.
  • Ore. Ore sozinho. Ore antes de ir. Pergunte à pessoa se pode orar por ela. Agradeça a Deus pela soberania e o amor Dele, por Seu cuidado sempre presente, por Sua presença que sustenta. “Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem” (Salmo 23.4). Louve a Deus por amar essa pessoa que sofre. Louve a Deus por Jesus Cristo entender nossa dor. “Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de tristeza e familiarizado com o sofrimento… Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido” (Isaías 53.3,4). Louve ao Espírito por estar sempre conosco e ser nosso Consolador, aquele que “nos ajuda em nossa fraqueza” e “intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8.26). Peça a Deus que os fortaleça, que os faça crescer, que os aproxime Dele. Use sua oração como um lembrete da presença e do amor de Deus pela pessoa que sofre.
  • Respeite o tempo do outro.“O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre” (Salmo 73.26). Em sofrimento, a pessoa se sente fraca. Para algumas pessoas, leva dois ou três anos para recuperar-se do fim de um relacionamento. Certas perdas, como a morte de um ente querido, podem doer a vida toda. Alguns podem rapidamente voltar ao trabalho ou escola depois do trauma da perda. Outros precisam de mais tempo ou de uma carga horária menor. Muita gente tenta limitar o tempo que alguém pode sofrer e querem medicá-la (leia anestesiá-la) depois de algumas semanas e tratá-la como depressiva. Na verdade, as pessoas precisam de apoio (e, às vezes, aconselhamento) para lidar com o trauma, mas “Só (Deus) cura os de coração quebrantado e cuida das suas feridas” (Salmo 147.3).
  • O sofrimento pode fazer alguém duvidar de sua fé, mas a fé que está ancorada em Jesus Cristo encontrará uma saída no meio da dor e florescerá. Então não diga a alguém sofrendo para “ter fé” (3). Provavelmente é a fé deles, ainda que obscurecida pela dor, que os mantém de pé. Ajude-os a lembrar que Deus está presente. Cante com eles, se quiserem. Leia a Bíblia com eles, inclusive os salmos que falam de dor (Cl 3.16). Deixe que a verdade lhes seja um conforto, mas não questione a fé deles*. Fé e dor não são mutuamente exclusivas. Veja o exemplo de Jeremias, ele fala de sua dor e de sua fé em alguns poucos versículos:

Lembro-me da minha aflição e do meu delírio, da minha amargura e do meu pesar. Lembro-me bem disso tudo, e a minha alma desfalece dentro de mim. Todavia, lembro-me também do que pode dar-me esperança: Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade! Digo a mim mesmo: A minha porção é o Senhor; portanto, nele porei a minha esperança. (Lamentações 3.19-24)

  • Não compare sofrimentos. Ainda que vocês tenham passado pela mesma coisa. Ainda que vocês tenham perdido a mesma pessoa. Vai doer de forma diferente nos dois. Mesmo que você considere isso algo empático a se fazer, a pessoa pode sentir que você está desconsiderando a sua dor. O conselho das Escrituras é “chorar com os que choram” (Romanos 12.15). E é isso aí.
  • Se lhe pedirem conselho ou orientação, traga-os de volta aos braços de Deus. Ajude-os a reconhecer Sua presença antes, durante e depois da perda. Faça-os ver o caráter bondoso, amoroso e santo de Cristo e Sua atitude sacrificial de não apenas morrer por eles, mas viver por eles nessa terra e sofrer como eles sofreram. Fale a eles sobre o Consolador, o Espírito Santo, deixado a nós por Cristo. Lembre-os de que a dor tem prazo. “Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Apocalipse 21.4). Mais do que conforto ou esperança, dê a eles o Deus da Esperança (Romanos 15.13).

 

Em meio ao pecado

Creio que, quando alguma amiga passa por um sofrimento que ela mesma causou, a nossa maior dificuldade também é saber o que dizer. Infelizmente, é mais comum falarmos por trás, entre nós, e deixarmos aquela pessoa se virar sozinha, ou esperar que alguém a pegue no flagra, ou até mesmo comentar com alguém da liderança da igreja para que eles a exortem. Quão errada é a nossa atitude! Deus tenha misericórdia de nós e corrija nossas atitudes!

A atitude de empatia e amor a quem sofre é sempre o melhor caminho. A única diferença é que, quando a pessoa está em pecado, amar significa confrontar. Falar a verdade em amor é um desafio, mas é a única atitude que trará transformação, perdão e alegria genuínos.

  • Exortação

Quando leio 2 Samuel 12, fico imaginando a coragem e o discernimento do profeta Natã. Ele havia sido enviado por Deus para confrontar o Rei Davi sobre seu pecado – Davi havia adulterado com Bate-Seba e assassinado seu marido Urias (2 Sm 11). Veja o que ele fez:

  • Natã não teve medo de Davi. Ele foi até Davi e disse o que tinha que dizer (v.1).
  • Natã apelou para a consciência de Davi com uma história (v.2-4).
  • Ao ver a resposta adequada de Davi ao pecado de outra pessoa (v.5-6), Natã revela que o pecador era o próprio Davi (v.7).
  • Natã lembra Davi do caráter santo de Deus e claramente expõe que o seu pecado era primariamente contra Ele: “Por que você desprezou a palavra do Senhor, fazendo o que ele reprova?” (v.9).
  • Natã não promete o perdão do Senhor a um coração que não estava arrependido. Na verdade, ele apresenta a Davi as consequências de seu pecado (v.10-12).
  • Vendo o arrependimento do Rei, Natã oferece a Davi o perdão do Senhor, mas ainda lhe apresenta as consequências com as quais teria que arcar (v.13-14). 

Nossa responsabilidade é ajudar nossa irmã ou irmão em Cristo a ver que seu pecado é contra Deus. Davi demonstra ter esta consciência no Salmo 51.4: “Contra ti, só contra ti, pequei e fiz o que tu reprovas, de modo que justa é a tua sentença e tens razão em condenar-me”. Frequentemente isso significará trazer mais tristeza ao invés de alegria, ainda que temporariamente. Veja, enquanto seu pecado estava escondido, Davi sentia que seu corpo “definhava de tanto gemer” (Sl 32.3). Depois de ser confrontado, Davi entristeceu-se ainda mais, e por isso clamou a Deus que trouxesse “de novo júbilo e alegria; e os ossos que esmagaste exultarão”. Não podemos ter medo de exortar, pois não há alegria real para aquele que está em pecado. O alívio do sofrimento do pecador está no perdão.

  • Ensino

Davi sabia que o que fizera era errado, e por isso sentia tanta dor e culpa. No entanto, ele também sabia que o Senhor o perdoaria. “Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: ‘Confessarei as minhas transgressões ao Senhor’, e tu perdoaste a culpa do meu pecado” (Sl 32.5). Muitas vezes encontramos pessoas perdidas em culpa, mas incertas do perdão do Senhor. 

A culpa genuína dura até o momento em que a pessoa se prostra diante do Senhor e reconhece o seu pecado. A partir daí, ainda que a lembrança do pecado lhe traga tristeza, não há mais culpa (Rm 8.1-2). Cristo perdoa e restaura aquele que pecou. O que Deus espera de nós é que nos acheguemos a Ele de coração contrito, e assim encontraremos restauração (Sl 51.17). A falsa culpa é aquela que permanece depois do perdão do Senhor. 

Alguma amiga sua já soltou o famoso “não consigo me perdoar”? A Bíblia não tem sequer UMA orientação sobre perdoar a si mesmo. O perdão, nas Escrituras, é sempre horizontal (às pessoas) ou vertical (para com Deus). Mas não há nada sobre o auto-perdão. Se fosse algo importante, certamente estaria ali, certo? Então de onde vem esse sofrimento?

Não se perdoar pode ser falta de entendimento ou orgulho. No primeiro caso, a pessoa não entende que todo pecado que ela comete é primariamente contra Deus, e que é Ele quem concede perdão. Assim, ou o perdão de Deus é desnecessário ou insuficiente. Por outro lado, há uma soberba sutil que diz 1) “eu não posso ser tão pecadora a ponto de ter cometido isso!” ou 2) “que coisa terrível é ter pecado contra mim mesma, é pior do que ter pecado contra Deus” ou 3) “o meu padrão (ou dos outros) de justiça é mais importante que os padrões de Deus, e eu falhei em atendê-los”. A pessoa que pensa assim coloca sua justiça acima da justiça e do perdão de Deus, e considera que o amor de Deus não é maior que o seu pecado. Ela não  aceita (ou se recusa a aceitar) 1) seu próprio pecado, 2) o caráter santo de Deus, ou 3) o padrão elevado de Deus. 

Muitas vezes isso acontece porque a pessoa não quer aceitar as consequências do seu próprio erro, da sua própria escolha. Davi demorou para aceitar as consequências proferidas por Natã – eram duras. Depois de Natã ir embora, Davi ainda clamou ao Senhor pela vida de seu filho, pedindo a Deus que fosse gracioso com ele (v.15-17), mas ao ver que o Senhor lhe tomara o filho, aceitou a consequência de seu pecado e adorou a Deus (v.20-23). Adorar a Deus é o resultado de um coração arrependido, que reconhece o caráter santo de Deus e se alegra Nele. Um coração que entendeu que não há nada pior do que o pecado que cometemos contra Deus, e que encontrou nele perdão (1 Jo 1.9). Um coração que se humilhou perante Deus e foi restaurado.

O sofrimento muitas vezes está atrelado a um pensar que não está alinhado com a Palavra de Deus. Por isso, precisamos ajudar nossa amiga em pecado a ver a si mesma e ao seu pecado frente ao caráter santo de Deus. Precisamos ensiná-la a despir-se de seu orgulho. Precisamos ensiná-la a clamar a Deus: “cria em mim um coração puro” (Sl 51.10). Precisamos ensiná-la que há alegria no perdão de pecados (Sl 32.1) e que em Deus ela encontrará misericórdia (Pv 28.13).

  • Encorajamento

O último passo amoroso da boa amiga é o encorajamento. Tomar as decisões certas em meio ao sofrimento causado pelo próprio pecado é difícil, exige coragem e perseverança. Por isso, após exortarmos nossa amiga a abandonar o seu pecado, e ensinarmos que seu pecado é contra Deus e que Nele há perdão e alegria, precisamos encorajá-la a tomar as atitudes corretas. 

Depois de perdoar a mulher adúltera, a ordem de Jesus foi: “vá e abandone sua vida de pecado” (Jo 8.11). A pessoa que está sofrendo precisa abandonar os pecados que a prendem, precisa abrir mão desse comportamento e modo de pensar que é corrupto, renovar a mente pela Palavra de Deus e passar a viver de maneira santa e justa.

Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade. (Efésios 4:22-24)

Essas ações santas e justas podem incluir ir àqueles a quem feriu pedir perdão e/ou oferecer reparação; entregar-se à justiça humana e aceitar as punições da lei; arcar com as perdas financeiras; fazer ajustes à sua vida para se adaptar à perda de um membro ou uma função do corpo, de um parente ou amigo, da liberdade, etc. Nós podemos ser instrumentos de Deus na vida de nossas amigas quando as incentivamos dia a dia a manterem-se firmes em busca de uma vida de santidade e a encontrar alegria genuína em seu relacionamento com Deus. 

– – – 

Sugestões de leitura:

Da mesma maneira em que precisamos nos dedicar a conhecer a Deus e Sua Palavra quando passamos pelo sofrimento, é também Nele e em Sua Palavra que encontramos capacitação para ajudar aqueles que amamos. Felizmente, há muitos cristãos que se dedicaram a pesquisar e estudar nas Escrituras sobre o sofrimento e, também a partir de sua vivência, escreveram livros que nos ajudam a refletir sobre ele.

  • A série Recursos para um Viver Piedoso, da NUTRA Publicações, contém vários livretos sobre assuntos como perdão, adultério, más lembranças, etc.
  • Um livro que tem impactado a vida de muitas pessoas em meio ao sofrimento é Confiando em Deus quando a Vida nos Golpeia, Aflige e Fere, de Jerry Bridges, NUTRA Publicações. Seu tratado sobre a soberania de Deus é fruto de sua própria busca para desenvolver confiança em Deus em meio a adversidades que enfrentou. Vale a leitura.
  • Outro livro que muito interessante é Lado a Lado: Como amar aqueles que estão sofrendo, de Dave Furman. O autor escreve sobre o assunto da perspectiva de um sofredor — ele próprio tem uma doença debilitante — e ajuda o leitor a entender o que fazer e o que não fazer ao procurar amar e servir biblicamente aqueles em nossas vidas que estão passando por algum tipo de sofrimento.
  • Dois livros de aconselhamento excelentes, voltados especificamente para o público feminino e os seus mais variados sofrimentos, são “Aconselhamento para Mulheres – um guia bíblico e prático”, de John e Janie Street, e “Mulheres Aconselhando Mulheres”, organizado por Elyse Fitzpatrick, ambos da NUTRA Publicações. Abordam questões emocionais, como medo e ansiedade; de saúde mental, como depressão, transtorno borderline e esquizofrenia; de sexualidade, como homossexualidade, transgeneridade e pornografia; e questões relacionais como solidão, adultério, luto, violência, dentre outros. Excelentes para aprendizado pessoal, aconselhamento e uso em pequenos grupos.

(1)  Saint Faustina. Reflection 429 – The Fruit of Suffering. Disponível em: https://divinemercy.life/2018/08/01/reflection-249-the-fruit-of-suffering-2/

(2) Escrevi extensamente sobre isso no artigo Um Por Todos e Todos São Um.

(3)  Sei que este pode ser um ponto polêmico. Aqui estou me referindo aos cristãos que passam pelo sofrimento e têm que ouvir coisas como “se você tivesse fé…” ou “tenha mais fé que isso passa.” Nenhuma dessas afirmações é verdadeira. A dor permanece em meio à fé. O mais importante, como já falamos anteriormente, é que a pessoa se lembre de Deus e encontre esperança. E é aí que podemos ser apoio. Caso esta pessoa não conheça a Cristo, aproveite a oportunidade para falar sobre Ele e trazer o conforto que só Ele dá. Mas reconheça que ouvir e estar junto são a porta de entrada para o sofrimento de alguém. Se você quiser lhe oferecer o conforto e a esperança que Cristo dá, precisa estar disposto a viver o desconforto do sofrimento que aquela pessoa está vivendo naquele momento. Foi esse o exemplo que Jesus nos deu.