“I Kissed a girl”, traduzido livremente como “Eu beijei uma garota”, é o título de uma música que deixou Katy Perry muito mais famosa do que ela já era, por causa desta, de pequenas apresentações, Katy passou a ser prestigiada em grandes shows. Mark Zuckerberg, idealizador do Facebook, criou um aplicativo que altera a foto do perfil do usuário, aplicando nela um filtro de arco-íris, símbolo da luta pelos direitos gay. Cerca de 26 milhões de pessoas trocaram suas fotos de perfil em quatro dias, inclusive Zuckerberg. Fora esses exemplos de endosso a homossexualidade, muitos outros como artigos científicos, comerciais de marcas famosas e a legalização do casamento gay nos EUA (já realidade no Brasil desde 2013), aumentaram a divulgação e a influência deste na vida de muitas meninas. Esses dias, visualizando com uma amiga seu feed de notícias, nos deparamos com um testemunho de um cristão que se tornou homossexual, alegando que sofria preconceitos, mas que agora sentia-se liberto.

No entanto, a homossexualidade é pecado, da mesma forma que a ansiedade, mentira e tantos outros são também (Mc 7.21-23), e do mesmo modo que eles, produz uma falsa sensação de satisfação que engana os praticantes, como está iludindo esse jovem. A pressuposta liberdade é, na realidade, escravidão. Na Bíblia, encontramos vários textos que demonstram que isso é pecado. Alguns do Antigo Testamento são:

“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação.” Lv 18.22

“Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles.” Lv 20.13

No Antigo Testamento, as pessoas viviam debaixo da prática obrigatória das leis, por exemplo os “10 mandamentos”, dados por Deus e escritos por Moisés. Neles, está incluso os versículos acima. Entretanto, depois que Cristo cumpriu todas as exigências da Lei, fomos desobrigados a praticá-la literalmente (Gl 3.17-29), mas devemos nos submeter ao Espírito Santo (Gl 4.18), vivendo uma vida de acordo com o padrão de Deus, também manifesto nessas ordenanças. Muitos usam isso como justificativa de que atualmente é permitido se deitar com um parceiro do mesmo sexo porque não estamos mais obrigatoriamente submetidos a essas leis, mas, a homossexualidade continua sendo pecado. Deus o repugnava no AT e continua repugnando hoje. Veja este versículo que o apóstolo Paulo destinou a cristãos que nasceram depois de Jesus:

“Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos, a merecida punição do seu erro.” Rm 1.26,27

Esse versículo quer dizer que Deus permitiu como forma de disciplina que os homens e mulheres que praticavam relações íntimas contrárias à natureza, isto é, diferentes das que cooperam com a reprodução de espécies, vivessem cativos em suas paixões. Deus não aprova as relações homossexuais e uma das formas de juízo d’Ele é deixando que essas pessoas vivam entregues à sua vida pecaminosa. Em sua criação “original”, sem a presença do pecado, a única forma de relacionamento possível era entre um homem e uma mulher, um casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel (Gn 2.24).

Ok, então sabemos que essa prática é pecado, mas o que dizer das muitas meninas que nasceram pré-dispostas geneticamente e desde crianças demonstram comportamentos tendenciosos? Biologicamente é possível que elas nasçam com mais hormônios masculinos, mas não justifica o comportamento homossexual. Um pesquisador que desenvolveu um estudo importante para a revista Science, Simon LeVay, observou vários cérebros de homo e heterossexuais e descobriu que há diferenças entre eles, mas alegou que “é provável que as possíveis diferenças encontradas no cérebro sejam resultados da homossexualidade e não a causa” [1]. Assim, percebe-se que a homossexualidade é resultado de influências externas (mídia, abusos, baixa autoestima etc.), às vezes, de predisposições genéticas, e de desejos pecaminosos do próprio coração (Tg 1.13,14).

Todavia, o mesmo Deus de graça que perdoa o pecado do mentiroso, também perdoa o pecado de meninas que têm fantasias sexuais com outras meninas (1Jo 1.9) e o Espírito as ajuda a lutar contra tais fantasias (Jo 14.26). Deus não é um repressor de prazeres que não quer a felicidade de Seus filhos, Ele é cuidadoso! Fazer Sua vontade é vantajoso para nós, somos libertas das consequências do pecado e da culpa de praticá-los.

O fato de Deus ser amor não significa que Ele deve tolerar este pecado e o fato d’Ele não tolerá-lo não significa que Ele não ame. Se Deus tolerá-lo, contradizerá Seu caráter santo e não demonstrará Seu amor. Este pecado nos é prejudicial: a homossexualidade desestrutura a realidade da família acarretando consequências psicológicas e emocionais, aumenta o índice de doenças sexualmente transmissíveis e impede o surgimento de vidas! Falta de amor de Deus seria se Ele nos permitisse viver assim…

No momento em que se beija uma menina pode parecer realizador, mas depois que o tempo passa muitos pensamentos de culpa, auto comiseração e auto justificação impregnam suas mentes: “Por que eu fiz isso?”, “Eu tenho que ser feliz mesmo!” ou “Eu nasci assim!”. A letra da música da Lady Gaga “A different lover is not a sin” (Ser um amante diferente não é pecado) até parece verdadeira. Contudo, esses anseios de toques insatisfeitos levam a práticas de vícios como masturbação, necessidade de ver filmes e revistas pornográficas todo dia. O vício é escravizador! Aquele jovem que escreveu que se sentia liberto no Facebook não tem dimensão da troca que fez, da liberdade de viver com Cristo pela escravidão do pecado.

Não praticar esse pecado pode-nos deixar cheias de orgulho, contudo, devemos ter misericórdia de quem está lutando contra isso porque não é fácil. Devemos parar de julgar e acolher essas pessoas, principalmente se forem cristãs (Tg 2.1). Se Cristo as perdoou quem somos nós para condená-las? E se não forem cristãs, devemos orar por elas e pedir que o Espírito as toque porque somente com Ele poderão mudar. De que adiantará falar para elas que estão se distanciando de Deus se nunca estiveram perto dEle? De que adiantará exigir delas um comportamento diferente se não podem praticar sozinhas, sem Ele? De que adiantará lhes impor verdades espirituais se elas não podem entendê-las?

Praticar esse pecado deve nos levar a confissão a Deus e pedir Seu auxílio para não o praticarmos mais. E buscar ajuda e conselhos de pessoas para nos cobrarem, verificando se estamos nos vestindo adequadamente e que tipo de vídeos, livros e revistas estamos vendo. A luta não é fácil, pois não apenas nossas atitudes devem mudar, mas nossos pensamentos e disposições. Contudo, é possível!

“Por que o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estás debaixo da lei, e sim da graça.” Romanos 6.14

 

[1] LeVAY, Simon. A difference in hypothalamic structure between heterosexual and homosexual men. Sience, n 253, 1991, p. 1034-1037