Você já ouviu a música “Ele continua sendo bom” que o Paulo Baruk canta com a Marcela Taís? Essa linda canção foi composta pela linda Daniela Magalhães! Ela é uma menina super talentosa e sabe o que mais? Humilde! Em todas as conversas que tive com ela, Dani sempre se mostrou humilde e com um coração disposto a crescer com nosso Senhor.

Antes de irmos para o testemunho dela, quer saber como nasceu a música “Ele continua sendo bom”? Clique aqui
e descubra! =)

Dani, muito obrigada por escrever seu testemunho para nós! Louvamos a Deus por seu talento e vida com Ele. Continue sendo instrumento dEle para edificar muitos, assim como já tem edificado por meio da sua música =)

Por Marília Berti

***

Bom, enquanto pensava em como contar meu testemunho, resolvi começar do fim para o começo…sou estudante de fisioterapia, do quarto ano, vivendo todas as alegrias e desafios da universidade. Ainda vivo toda a loucura de um projeto musical independente, que tenta levar a Beleza proveniente da Verdade para o maior número de pessoas que puder me escutar. Ao contrário do que pensam, ser cristã na faculdade não é um fardo tão pesado a ser carregado, às vezes é até um ânimo a mais para prosseguir a caminhada. Todos os dias me deparo com pessoas, que assim como eu, um dia, têm dúvidas, medos e barreiras e precisam conhecer o Refúgio seguro, que ao mesmo tempo nos salva e liberta.

Todos nós temos uma missão, no contexto em que fomos colocados, de brilhar a luz de Cristo e, com nossas habilidades e talentos, com muita criatividade, levarmos o Reino adiante. Desde o começo dessa história, de trás para frente, de frente para trás, a música tem sido um instrumento pra que eu também trabalhe nisso. Um pouco antes disso tudo acontecer, na minha época de vestibular (sim, foi uma fase muito chata!), eu era aquelas adolescentes confusas, não fazia a menor ideia do que eu queria fazer, de onde eu queria chegar, e as pessoas viviam me fazendo essas perguntas. No fundo, eu queria ser feliz, queria me encontrar, queria superar as expectativas. Eu tinha planejado uma vida voltada para a arte, para a liberdade que ela me trazia. Eu estava orando muito para que Deus me ajudasse a enxergar por qual caminho eu deveria seguir. No fundo, eu não sabia se essa seria a escolha correta (no fim de 2010, eu troquei a Música pela Fisioterapia e fui fazer a Fuvest).

Sempre frequentei uma igreja, minha família já era cristã antes que eu nascesse! Da igreja tradicional de onde eu venho, o costume era cantar muitos hinos e desde muito pequena, eu estava lá, tocando piano no domingo de manhã. O hábito era acordar cedo, ir pro culto, ensaiar, tocar, ganhar um monte de elogios no final… sempre foi uma vida legal, não há como negar. Mas eu, aquela menininha no piano que enchia a mãe de orgulho, que decorava os versículos, que sempre estava na EBD, também precisava me encontrar pessoalmente com Cristo. As pessoas não me diziam muito sobre como meu pecado era mortal, e o sacrifício de Jesus naquela cruz era algo que eu tinha decorado, mas não entendido. Até que num belo dia, e como eu agradeço a Deus por esse dia, eu me deparei com o texto de Colossenses 2.14-15:

“E quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as vossas ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou de nós encravando-a na cruz”.

Era como se eu tivesse entendido, naquele momento, que não adiantava muito fazer coisas que cristãos fazem, se no interior, eu não tivesse aceitado que só Cristo, pela cruz, era capaz de afastar de mim meus pecados. A partir de então, talvez eu não soubesse direito o que eu queria fazer na vida, mas eu sabia quem eu queria ser na vida! O fardo das tarefas e das aparências não estava mais sobre as minhas costas, porque, ainda que eu nem tocasse piano, ou nem tivesse decorado os versículos, Deus me ama pelo que eu sou. E a mim, que estava morta pelo pecado, Ele estava enchendo de vida através da Graça.

Ao olhar para trás, agora, consigo ver Cristo guiando os meus passos, me conduzindo exatamente para onde eu estou hoje, para o meu contexto e para os meus relacionamentos, na minha faculdade, com meus amigos. Consigo entender que Cristo é quem muda nossa forma de enxergar o mundo, os outros e nós mesmos. Consigo entender que, mesmo diante de toda a minha confusão, meus desafios e meus medos, cada dia que eu vivi diante de Deus valeu a pena, e que cada um de nós, com nossas habilidades e dons, podemos ser pequenos instrumentos nas mãos de um Grande Senhor para impactar a vida dos que estão ao redor.

Por meio de Cristo, a pessoa com a vida mais legal do mundo, Daniela.