“A Bíblia é machista” é outra ideia difundida pelo feminismo que tem se alastrado. Não é raro encontrar autoras ligadas ao movimento tentando reinterpretar ou reescrever as Escrituras, e algumas adeptas chegam ao ponto de rejeitar qualquer figura masculina de deus. Tratam-na como a base de “uma cultura judaico-cristã patriarcal opressora da mulher”.

A Bíblia nunca escondeu o pecado de suas narrativas, muito pelo contrário, o evidencia mesmo nos grandes homens usados por Deus. O pecado contaminou o coração humano e manchou a realidade. Por isso, contextos machistas existiram nos tempos bíblicos, mas onde a luz do Evangelho iluminava, a dignidade das mulheres era resgatada.

Numa realidade em que um homem não poderia falar com uma mulher, Jesus se dirige à mulher samaritana, às vistas de todos, para oferecer-lhe a Água da Vida. Numa sociedade onde a palavra de uma mulher não tinha valor, Jesus concedeu a mulheres o privilégio de anunciar a esperança de sua ressurreição. O toque da mulher do fluxo de sangue foi sentido em meio à multidão. E tantas outras? Débora, Hulda, Raabe, Lia, Rute, Lídia… A cada uma Deus transformou, restituiu dignidade e conferiu atuações importantes em Sua História de Redenção.

A Bíblia é a palavra de um Deus santo e por isso não pode ser machista, ela é apenas honesta em retratar a realidade manchada pelo pecado. Em contradição ao feminismo, ela nos ensina a buscar das mãos do próprio Criador a restauração da feminilidade.

Assim, os textos que tratam do papel da mulher precisam ser estudados com muito temor, pois o mesmo Deus que é bom, que fez boas todas as coisas, que criou a mulher para ser glorificado no exercício de sua feminilidade, que nos agraciou com perdão e salvação, também nos ensina a viver conforme sua perfeita vontade. Portanto, tenha certeza de que você se coloca diante de um Deus que restaura sua dignidade, e não a deprecia, e é diante dessa verdade que a beleza da feminilidade bíblica precisa ser recebida com gratidão.